RODRIGO BECKER

Rodrigo Becker é jornalista e escreve sobre política, negócios e cidade diariamente neste espaço.

CANOAS | Governo questiona ato de Cris que barrou votação da reforma administrativa: projeto pronto para voltar à pauta

Ofício do prefeito em exercício mantém projeto original e rebate questionamentos que levaram presidente da Câmara a devolvê-lo ao governo sem votar reestruturação na sessão extraordinária

Nedy de Vargas Marques não pretende abrir mão nem ‘fatiar’ o Plano de Modernização Administratativa, como chegou a se especular na Câmara de Canoas na tarde de quinta-feira, 9. Ao se reunir com vereadores pela manhã de quinta, informou que manteria o projeto original tal qual foi enviado ao parlamento, respondeu ao ofício do presidente da Casa, Cris Moraes (PV), que devolveu o projeto ao executivo e, nos bastidores, espera-se que reunifique a base aliada para pedir a inclusão na pauta da primeira sessão ordinária do ano legislativo – que acontece nesta sexta-feira, 10, às 10h.

Há dois pontos de tensionamento no projeto. O primeiro deles é a extinção do CanoasTec, a empresa pública de Tecnologia da Informação. Só com o fim da estrutura o governo pretende economizar cerca de R$ 650 mil por mês. Os contrários à medida alegam que há interesses estratégicos em jogo, especialmente quanto à gestão e armazenamento de dados sensíveis sob domínio do poder público. O Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados, o SindPPD, esteve na Câmara na terça e voltou nesta quinta, 9. A presidente da entidade, Vera Guasso, propôs uma audiência pública para discutir a questão. Na reunião com os parlamentares pela manhã, o prefeito não se disse contra a audiência, mas preferiu manter o projeto original que segue na Câmara. Sem partí-lo, difícil que a base do governo – que soma pelo menos 18 votos em um plenário de 21 – adie novamente a votação, apesar do pedido do sindicato.

O segundo ponto de tensão é o impacto financeiro do projeto. Para a oposição, as mudanças vão custar R$ 10 milhões até o final de 2024, segundo contas divulgadas pelo vereador Emílio Neto (PT). Já o governo diz exatamente o contrário: haverá uma economia de R$ 10 milhões, conforme explicou ao blog o assessor especial do gabinete do prefeito, Dr. Felipe Matusalém.

Até o fechamento deste post, não havia uma decisão política sobre a inclusão do projeto na pauta desta sexta. Os secretários da Fazenda, Luis Davi, e de Relações Institucionais, Felo Uequed, acompanhados do Dr. Matusalém, foram à Câmara discutir a proposta. O blog segue acompanhando.

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