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Após uma fiscalização da Delegacia do Consumidor (DECON), da Fiscalização Agropecuária, Patrulha Ambiental da Brigada Militar e Vigilância Sanitária em duas fábricas clandestinas, foi descoberto que diversas hamburguerias de Canoas compravam carne imprópria para o consumo humano. Mais especificamente, toda a carne que era produzida nas fábricas era comercializada para 150 lancherias.
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Segundo a Afagro, Associação dos Fiscais Agropecuários do RS, o estabelecimento clandestino fabricava hambúrguer utilizando carne industrial, proteína de soja e cabeça de boi.
Ambiente em péssimas condições e higiene
Segundo um laudo técnico, “os produtos submetidos à análise pericial consistiam em aproximadamente 572 kg de produtos de origem animal, produtos cárneos como carne de cabeça, miúdos suínos, carne moída e hambúrgueres, a maior parte dos produtos não tinham procedência e estavam sendo manipulados em local com péssimas condições de higiene, havia muitas moscas no local, odor fétido e larvas em vários locais (dentro de um freezer e em uma caixa plástica com água e cacos de vidro dentro da área de produção)”.
Maquinário sujo
Ainda segundo o laudo, os colaboradores estavam processando carne moída em equipamento moedor e, quando o equipamento foi aberto, saíram muitas moscas. Além disso, produtos estavam sendo descongelados em temperatura ambiente e em uma caixa com muita quantidade de sangue.
Decisão da Justiça
A 4ª Vara Cível da Comarca de Canoas, atendendo a um requerimento do Ministério Público, determinou na última terça-feira (16), a interdição de dois estabelecimentos que estavam vendendo carnes impróprias para hambúrgueres em Canoas e região.
O inquérito civil que deu origem a essa ação começou em março deste ano, após denúncias de funcionamento irregular e falta de licenciamentos.