A Secretaria Estadual de SaĂșde (SES-RS) informou que o LaboratĂłrio Central do Estado do Rio Grande do Sul estĂĄ analisando mais de 800 casos suspeitos de leptospirose.
Conforme o ĂłrgĂŁo, hĂĄ um crescimento no nĂșmero de ocorrĂȘncias devido ao grande perĂodo de cheias e ao aumento da exposição Ă doença pela população.
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âA realização dos exames estĂĄ disponĂvel para todos os casos considerados suspeitos e que tiveram exposição Ă enchente, e de forma gratuitaâ, ressalta a chefe do Lacen/RS, Loeci Natalina Timm. A instituição estĂĄ operando de forma integral e recebe amostras das 7h Ă s 19h.
Como funciona o exame?
O método RT-PCR detecta a bactéria presente no organismo do paciente e é recomendado para amostras coletadas nos primeiros sete dias de sintomas.
Jå o diagnóstico sorológico detecta o anticorpo produzido pelo organismo do paciente em resposta à infecção causada pela bactéria Leptospira. A reação sorológica é a opção de escolha para anålise das amostras de pacientes que apresentam sintomas hå sete dias ou mais.
Segundo dados atualizados na quinta-feira (23), jå são 1.072 notificaçÔes e 54 casos confirmados de leptospirose no Rio Grande do Sul. Até aquele momento, o Estado havia contabilizado quatro casos de mortes e outros quatro óbitos em investigação.
O que Ă© a leptospirose?
A leptospirose Ă© uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta Ă urina de animais (principalmente ratos) infectados. O contĂĄgio pode ocorrer a partir da pele com lesĂ”es ou mesmo em pele Ăntegra, se imersa por longos perĂodos em ĂĄgua contaminada, alĂ©m de por meio de mucosas.
O perĂodo para o surgimento dos sintomas pode variar de um a 30 dias. Os principais sintomas sĂŁo: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios.
Ao apresentar os sintomas, a recomendação Ă© procurar um serviço de saĂșde e relatar a exposição de risco. O uso do antibiĂłtico, conforme orientação mĂ©dica, estĂĄ indicado em qualquer perĂodo da doença, mas sua eficĂĄcia costuma ser maior na primeira semana do inĂcio dos sintomas. NĂŁo Ă© necessĂĄrio aguardar o diagnĂłstico laboratorial para o inĂcio do tratamento.