Um asilo foi interditado em Canoas nesta sexta-feira (27). Duas mulheres foram presas em flagrante durante a ação da Polícia Civil, Ministério Público, Secretaria Municipal de Assistência Social e Vigilância Sanitária.
As presas, de acordo com a polícia, trabalhavam na clínica geriátrica como cuidadoras. Para os policiais, os idosos relataram que as cuidadoras afirmavam que “eles estavam lá porque devem ter feito muito coisa ruim” e que “se estavam lá era para sofrer”.
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Asilo é interditado em Canoas: agressões constantes
Conforme investigação da Polícia Civil, os idosos eram constantemente agredidos verbalmente com gritos, ofensas e ameaças. Além disso, em alguns casos, eles também eram agredidos fisicamente com empurrões, tapas e batidas de cabeça contra as paredes. Gravemente ferida, uma das idosas que residia no local, precisou ser conduzida às pressas para o hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Idosos foram retirados do local
Segundo a polícia, oito idosos residiam no local.
De acordo com o delegado Maurício Barison, titular da Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a ação foi realizada para “formalizar os depoimentos dos idosos vítimas e também com o objetivo de afastar as cuidadoras de suas funções, interditar o estabelecimento e realocar os idosos em outras casas geriátricas.”
As cuidadoras foram presas em flagrante por tortura.
Conforme o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), a Polícia Civil trata com prioridade a apuração de denúncias de violência contra idosos. “São pessoas especiais, vulneráveis, que precisam e merecem de cuidado e carinho, e por essas razões não haverá tolerância à violência e abusos. A sociedade deve trazer a conhecimento da polícia casos como esses por meio dos canais de denúncia e de registro de ocorrências”, pontua.
O nome do asilo não foi divulgado.