A Polícia concluiu o inquérito do casos que ficou conhecido como “Bolo envenenado”. De Acordo com delegados reponsavéis pelo caso, a suspeita, Deise Moura dos Anjos, presa preventivamente como suspeita de matar quatro pessoas com um bolo envenenado com arsênio, admitiu, por meio de cartas, ter comprado arsênio. A mensagem foi encontrada na cela da suspeita após Deise tirar a própria vida.
A investigação concluiu que Deise é a responsável pelos quatro homicídios triplamente qualificados (motivo fútil, emprego de veneno e dissimulação). A polícia divulgou as conclusões em uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (21).
Em uma das cartas, Deise afirmava que. “Não sou assassina, só sou um ser humano fraco com depressão por tanto sofrer e pagar pelo erro dos outros”, em outra carta, ela escreveu:
“Muito obrigada por esses 20 anos que fêz da minha vida de casada um inferno, mais uma vez eu sou a vilã e você a mocinha. Fêz um bolo, com uma farinha podre, que sabe-se lá de onde saiu e a quanto tempo estava aberta cheia de veneno, matou a metade da família toda, que só comeram por “pena” de ti (conforme o Jeff disse no velório), guardou mensagens de brigas e ódio por vinte anos, depois de tudo o que o Diego e eu fizemos por ti, e olha só o resultado… claro que sobrou pra mim, como sempre foi. Conseguiu ficar com tudo o que é meu, minha família, minha casa, mas tomara que com meu filho não!”.
Entenda o caso do bolo envenado
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul realizou uma entrevista coletiva na última sexta-feira (10) para atualizar o público sobre a investigação envolvendo a morte de três pessoas após o consumo de um bolo de Natal com arsênio.
Durante a coletiva, o delegado Cleber Lima, diretor do Departamento de Polícia do Interior, revelou que Deisi Moura dos Anjos, presa temporariamente. Ela é a principal suspeita dos envenenamentos. Ele afirmou: “As provas colhidas até agora nos levam a acreditar que a suspeita, Deise Moura dos Anjos, será condenada por esses crimes e provavelmente permanecerá presa pelo resto da vida.”
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Contudo, a delegada Sabrina Deffente acrescentou que há fortes indícios de que Deise também tenha envenenado outras pessoas próximas à família. “Ela pesquisou sobre venenos, incluindo uma receita de veneno sem cheiro e sem gosto. Com essa combinação de elementos, ela começou a tentar envenenar familiares,” declarou a delegada.
Além disso, a Agência GBC divulgou que Paulo Luiz dos Anjos, sogro da suspeita, também ingeriu arsênio antes de morrer. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou essa informação após exumar o corpo de Paulo na última quarta-feira (8).