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Canoas
17 de maio de 2025

Grupo que aplica golpe do falso advogado é alvo de operação da Polícia Civil

Vítimas de Canoas e cidades vizinhas perderam mais de R$ 700 mil no golpe do falso advogado

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira (27) uma operação contra um grupo criminoso que aplica o golpe do falso advogado. A ofensiva, chamada de Charlatan, tem o objetivo de combater os crimes de associação criminosa e estelionato.

Conforme a polícia, a investigação conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, identificou mais de 30 vítimas na cidade e em outros municípios da Região Metropolitana. Elas tiveram um prejuízo superior a R$ 700 mil.

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Nesta manhã, de acordo com a polícia, mais de 60 policiais cumprem 24 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nas cidades de Fortaleza e Maracanaú, no Ceará. A ofensiva conta com o apoio da Polícia Civil do Ceará e do Ministério da Justiça.

“Foi uma investigação complexa que expôs um esquema e desafiou a equipe que organizou uma investigação qualificada que ultrapassou fronteiras”, afirma a delegada Luciane Betoletti, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas.

Até o momento, nove criminosos foram presos.

Como funciona o golpe do Falso Advogado?

Conforme a polícia, o golpe do falso advogado consiste em fazer com que a vítima acredite que tem um valor em precatórios a receber. Os golpistas enganam a vítima dizendo que, para receber o montante, ela precisa realizar depósitos de honorários, taxas, impostos e emolumentos.

De acordo com a investigação, tudo parece verídico. Na maioria das vezes, os criminosos fingem serem advogados ou funcionários de escritórios de advocacia em que a vítima é cliente. Normalmente, os dados repassados por eles são verdadeiros. Com isso, a vítima não desconfia das informações e do contato.

Além disso, para tornar o golpe mais convincente, os criminosos utilizam documentos falsos com dados corretos e, inclusive, timbrados, com logotipos de diversos órgãos estatais. Por fim, a vítima acaba sendo induzida a transferir o valor, via pix, para a conta dos criminosos.

“Durante nossa operação, desvendamos um esquema fraudulento que apresentava uma sofisticação notável, criando uma falsa realidade tão convincente que as vítimas acreditavam plenamente em sua veracidade. Nossa investigação foi bem-sucedida em identificar e capturar os responsáveis, superando até mesmo a separação continental que existia entre eles e suas vítimas”, destaca o delegado Cristiano Rechske, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM).

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