Não é só o vereador Emílio Neto (PT) que finca o pé na crítica ao projeto de reforma administrativa do governo Nedy de Vargas Marques. O Sindicato dos Trabalhadores em Processamentos de Dados, o SindPPD, também entrou em campo. Vera Guasso, presidente da entidade, virá a Canoas no início da tarde para uma assembleia com os funcionários do CanoasTec, a empresa pública de Tecnologia da Informação (TI) com previsão de extinção no projeto de reforma. Na sequência, ela se reúne com o presidente da Câmara, vereador Cris Moraes (PV), para pedir que o diálogo a respeito da medida seja ampliado.
“Fomos pegos de surpresa há uns 15 dias com a notícia de que o projeto estava pronto e que o CanoasTec seria extinto”, comenta Vera. “Queremos ampliar o diálogo, contrapor essa ideia, discutir melhor”. Para ela, a TI pública é uma questão estratégica e que pode garantir economia para os cofres públicos. “Temos experiência de luta contra a extinção e a privatização de empresas públicas de TI. Vivemos em um mundo completamente informatizado. Contar com profissionais especializados, processamento de dados públicos é uma questão de soberania. Uma empresa privada visa o lucro. Proteção e gestão de dados públicos é fundamental e a pandemia nos mostrou isso”.
Vera Guasso espera conseguir que o projeto do governo seja levado às comissões da Câmara para uma discussão mais aprofundada. A previsão de votação, no entanto, é outra. Os vereadores foram convocados para uma sessão extraordinária na quinta-feira, 9, para análise da medida. Com maioria folgada em plenário, o governo tem condições de aprovar o projeto já na quinta.