Rafael Telles da Silva, conhecido como Sapo, é apontando como mandante da morte de Jackson Peixoto Rodrigues dentro da Penitenciária de Canoas (PECAN). Ambos integravam facções rivais. Na última quinta-feira (28), Silva foi transferido para um presídio federal.
Conforme a polícia, o preso lidera uma facção que é rival a que era liderada por Nego Jackson. O grupo criminoso, inclusive, foi alvo de uma operação da Polícia Civil deflagrada nesta sexta-feira (29).
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Criminoso responde por nove homicídios e cumpria pena na Penitenciária de Canoas
Sapo responde por, pelo menos, nove homicídios, tráfico de drogas, associação ao tráfico e organização criminosa. Preso desde 2014, ele cumpriu pena no Presídio Central até 2022, quando foi transferido para um presídio federal. Porém, em 2023, ele retornou ao Rio Grande do Sul e foi levado para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC).
O criminoso, conforme a Polícia Penal, foi transferido para Penitenciária de Canoas para dificultar a comunicação dele com outros integrantes da facção. Na PECAN há bloqueadores de sinal telefônico, equipamentos que até esta sexta (29) ainda não tinham sido instalados na PASC.
Não agiu sozinho
Conforme a Polícia Civil, o criminoso não é o único envolvido na execução. Outro preso, que integra a mesma facção de Sapo, participou do crime e segue no sistema prisional do Rio Grande do Sul.
Líder de facção é morto a tiros dentro da Penitenciária de Canoas
Jackson Peixoto Rodrigues de 41 anos é o preso que morreu após ser alvo de disparos realizados por outro detento dentro da Penitenciária Estadual de Canoas (PECAN) 3. O caso ocorreu no último sábado (23).
O criminoso é conhecido como Nego Jackson. Atualmente, ele é líder de uma facção criminosa que atua em Canoas e em outras cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre.
De acordo com a Superintendência de Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul (SUSEPE), o ataque a tiros teria ocorrido durante a triagem dos detentos.
Baleado, o criminoso chegou a ser encaminhado para atendimento médico em um hospital da Região Metropolitana. Porém, ele não resistiu aos ferimentos.
O nome do preso que atirou em Jackson não teve o nome divulgado. Porém, conforme apurado por GBC, ele é integrante de um grupo rival.
Susepe diz que galeria da Penitenciária de Canoas passou por revista
Em nota, a Susepe afirmou que a galeria onde os dois apenados cumprem pena já passou por revista geral do Grupo de Ações Especiais. Além disso, conforme a nota, “a unidade prisional encontra-se segura e sem nenhuma outra alteração”.
A ocorrência também é atendida pela Polícia Civil e pela Brigada Militar (BM).
Duas mortes em menos de 48 horas
Um preso foi encontrado morto dentro de uma cela da Penitenciária de Canoas (PECAN) na manhã desta segunda-feira (25). Ele foi identificado como Joel Silva dos Nascimento de 37. Conforme apurado pela GBC, a morte não tem relação com o crime ocorrido no último sábado (23). A suspeita é que a morte registrada nesta segunda (25) não seja criminosa.
Servidores da Penitenciária de Canoas são afastados
O governador em exercício do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, anunciou em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (25) que cinco servidores da Penitenciária de Canoas 3 (PECAN 3) foram afastados de suas atividades. O movimento ocorre após a morte do líder uma facção criminosa dentro do complexo prisional.
Conforme a decisão, foram afastados:
- dois servidores que estavam no turno em que ocorreu o crime;
- o chefe de segurança do complexo prisional;
- o responsável pela segurança da galeria onde ocorreu o crime;
- o diretor responsável pela Pecan 2, 3 e 4.
De acordo com o Palácio Piratini, com o afastamento do diretor responsável, o diretor adjunto do Departamento de Execução Penal (DESP) irá assumir o complexo prisional de Canoas.
Por fim, Souza destaca que o afastamento ocorre para manter a isenção nas investigações sobre como ocorreu a execução de Jackson Peixoto Rodrigues (leia mais abaixo) dentro da Penitenciária de Canoas.
“Não significa que no final da apuração, quando apontado que não houve culpabilidade dos servidores, que não possam retornar para suas funções”, destaca o governador e