UBER MORTO | Um dos acusados, diz que não participou da viagem que vitimou o motorista

Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução

Da redação | Wesley Nunes Ferraz que é réu da morte de um motorista de aplicativo encontrado na cidade de Laguna, em Santa Catarina, está alegando que apenas chamou o carro para o outro acusado e que não teria embarcado no veículo em Porto Alegre. A informação é da advogada de defesa, Daniele Krieger Lobato.

Segundo a defesa, Ferraz teria ido para Laguna apenas na tarde do dia seguinte. De acordo com a advogada, o réu teria pegado uma carona com um motorista de Sedex. Para comprovar a tese, Daniele pediu em 14 de fevereiro o exame de digitais no carro conduzido pela vítima, um Gran Siena vermelho, o que já havia sido solicitado pelo Ministério Público.

De acordo com o delegado Bruno Fernandes, que investiga o caso em Santa Catarina, a perícia chegou a ser feita. Mas, a análise ficou comprometida porque o carro ficou aberto, ficando a mercê de calor e poeira, o que dificulta a identificação das digitais. Apenas uma foi coletada, de um morador das redondezas que localizou o veículo.

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O delegado salienta que, para o pedido de prisão e indiciamento, havia provas para apontar o envolvimento de Ferraz. Entre eles, o depoimento do outro réu, Jackson do Nascimento, que afirmou a presença do comparsa no crime. A polícia não descarta que Ferraz possa ter sido o “mentor intelectual do crime”, não participando diretamente do latrocínio.

Liberdade negada

A defesa chegou a pedir a liberdade provisória de Wesley. Porém, em 21 de janeiro, o juiz Renato Müller Bratti, negou o pedido para manter a ordem pública.

O magistrado também se manifestou sobre o pedido da defesa de absolvição sumária do réu sob a alegação que não cometeu os crimes: “Não há como acolher-se nesta fase procedimental, pois necessária a instrução do feito para deliberação a respeito, já que temos nos autos pelos menos indícios de que o acusado Wessley foi um dos autores dos ilícitos”.

A primeira audiência do caso na Justiça catarinense vai ocorrer em 10 de abril.

O crime

Desaparecido na véspera do Réveillon, o motorista Paulo Junior da Costa, 22 anos, foi encontrado morto com o corpo parcialmente enterrado em um matagal em 4 de janeiro. O crime é tratado como latrocínio (roubo com morte).

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