Traficantes de Canoas tinham até dólar em casa

Integrantes de uma facção criminosa foram presos em uma mega-operação nesta quinta

Os agentes da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas apreenderam 1.700 dólares com um dos alvos da Operação Chicago deflagrada nesta quinta-feira (13). O objetivo era combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.

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No total, até às 19h, oito criminosos foram presos, entre eles dois pré-candidatos a vereadores de Canoas e Sapucaia do Sul. Além dos dólares, foram apreendidos R$ 55 mil, duas armas, munições, um GM Camaro e uma BMW.

Traficantes que lavavam dinheiro na mira da polícia
“A bronca começou com o tráfico e acabou virando lavagem”, afirmou o delegado Rodrigo Caldas, titular da 3ª DP que coordenou a ação.

Cerca de 220 policiais cumpriram 151 ordens judiciais. Na lista, estão: 40 mandados de busca e apreensão, seis de prisão preventiva, 38 bloqueios de contas bancárias, 19 sequestros de imóveis e 48 restrições de veículos. Os alvos estavam em Canoas, Capão da Canoa, Estância Velha, Gravataí, Imbé, Nova Santa Rita, porto Alegre, São Leopoldo e Sapucaia do Sul. Porém, também houve o cumprimento de ordens em Itapema, no estado de Santa Catarina.

A investigação apurou que a facção criminosa era uma rede organizada e que atuava como uma empresa. A partir do dinheiro obtido com a venda de drogas, eram adquiridas armas, munições e veículos clonados.

Além disso, parte do dinheiro era utilizado para compra de carros, imóveis, lanchas, aeronaves, outros bens móveis e aquisição de moedas estrangeiras, como dólar americano, por exemplo. Para facilitar a lavagem, diversas empresas foram criadas. O prejuízo com essa operação, segundo a Polícia Civil, por causa das ordens judiciais expedidas passa dos R$ 20 milhões.

Um dos pontos que chamou a atenção dos investigadores foi que um dos integrantes da facção ia fazer aulas de vôo de helicóptero. A intenção deles era de roubar a aeronave e trocar por cargas de drogas. Muitas vezes, eles colocavam os entorpecentes dentro de sacas de grãos que, compradas no mercado específico, os criminosos nunca pagaram os fornecedores.

O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado regional Mário Souza destacou que esse “foi um forte golpe ao crime organizado, causando um importante abalo na organização criminosa.” Ele também salientou que “os policiais civis seguiram o dinheiro sujo, identificando e mapeando a atividade criminosa por um grande período.”

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