Um preso de Canoas ganhou liberdade após um advogado apresentar um atestado médico falso. Ele tem diversos antecedentes criminais por homicídio e fugiu para Santa Catarina. Foi recapturado e já voltou para o complexo penitenciário da cidade.
O advogado está sendo investigado pela Polícia Civil na Operação Avocat. Na terceira fase, deflagrada nesta segunda-feira (7), foram cumpridos três mandados de busca em Porto Alegre. O objetivo foi buscar provas contra dois advogados que liberaram neste ano o detento que cumpria pena no Presídio Central e hoje está na Penitenciária de Canoas, que tem vários antecedentes por homicídio. Em abril e maio, nas duas primeiras etapas, dois advogados foram detidos pela suspeita.
Conforme o delegado Max Ritter, titular da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção, os agentes apreenderam computadores e documentos nas casas de dois advogados e também na residência do detento que foi liberado. Na casa de um dos advogados, foram apreendidos R$ 15 mil em dinheiro, e na do apenado, um homem foi preso em flagrante por tráfico de drogas.
O delegado ainda ressaltou que a medida foi adotada após novos indícios envolvendo outros suspeitos de obter atestados falsos para obter, no início da pandemia, liberação de presos ao alegar que estariam com doenças. Com isso, fariam parte do grupo de risco de contaminação da covid-19.