O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniu nesta segunda-feira (27) com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O objetivo é tentar reduzir o preço da gasolina, que está na média em R$ 6,30 na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O esforço do presidente é para entender onde está a responsabilidade pela escalada do preço dos combustíveis. “Hoje falei com o ministro Bento, conversando sobre a nossa Petrobras, o que nós podemos fazer para melhorar ou diminuir o preço na ponta da linha, onde está a responsabilidade”, enfatizou em discurso na comemoração dos mil dias de seu governo no Palácio do Planalto.
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Ele sinalizou que está incomodado. “Alguém acha que eu não queria a gasolina a R$ 4? Ou menos? O dólar R$ 4,50 ou menos? Não é maldade da nossa parte. É uma realidade. E tem um ditado que diz: ‘Nada não está tão ruim que não possa piorar’. Nós não queremos isso”, sinaliza.
Conflito político
Em julho deste ano, Bolsonaro afirmou que o preço da gasolina era culpa da “ganância” dos governadores. “Cresceu a arrecadação de ICMS em cima de uma ganância”, disse na saída do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo.
Pré-candidato à Presidência, o governador Eduardo Leite (PSDB) tem rebatido as críticas de que os governadores são os culpados pela escalada dos preços. “O ICMS no início do ano era o mesmo e a gasolina era R$ 4,00, agora está R$ 7,00. O ICMS era o mesmo. Por que era R$ 4 e agora é R$ 4? Me explica isso?”, questionou o governador enquanto era questionado por populares durante a Expointer.https://www.youtube.com/embed/ibGDbwhjtpc?feature=oembed
O Governo do Rio Grande do Sul e de outros 12 estados entraram com uma ação civil pública no Distrito Federal contra a Petrobras. Eles acreditam que uma publicidade veiculada pela estatal induz a população ao erro, colocando a culpa nos governadores.
Na mídia, a empresa informa que recebe apenas R$ 2,00 de cada litro de gasolina vendido no Brasil. O gráfico divulgado no portal da Petrobras na internet, revela que a média de ICMS cobrado dos estados é de 27,8%. No Rio Grande do Sul o imposto é mais pesado: é 30%.
Redução no ICMS
O governador Eduardo Leite já anunciou uma redução no ICMS em diversos setores para janeiro de 2022. Setores como a energia, combustíveis e telecomunicações deverão cair de 30% para 25%. Na prática, os gaúchos deverão pagar o mesmo valor que é pago atualmente em Santa Catarina pelo litro da gasolina.
As novidades foram apresentadas no projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2022, no Palácio Piratini. “Vale a pena fazer um caminho de reformas. Valeu a pena todo esforço, as críticas, os enfrentamentos que a gente teve que fazer, sempre dos argumentos. Enfrentamento dos problemas e não o enfrentamento das pessoas. A gente não colocou uns contra os outros aqui. A gente focou em atacar os problemas. O Rio Grande do Sul vai colhendo as soluções”, afirmou o governador.