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Sete crianças foram estupradas por dois homens em Canoas. Um deles, de 35 anos, cometeu o estupro contra quatro crianças da mesma família. O outro homem, de 40 anos, cometeu o crime contra duas enteadas e sua amiga. As idades das vítimas variam de 9 a 15 anos. Os casos foram descobertos na mesma semana e os dois foram presos pela Polícia Civil.
Quatro vítimas eram da mesma família
Segundo a investigação feita pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), um homem de 35 anos abusou de quatro crianças da mesma família. Ele estuprou duas irmãs, de 11 e 12 anos, durante uma prestação de serviço em uma residência, como técnico de televisão. A denúncia foi feita pela sogra do acusado, segundo a polícia, as vítimas eram cunhadas dele.
Segundo a mulher, ele desafiou as crianças a quem conseguia abrir mais as pernas, com a promessa de que a vencedora ganharia um picolé. A criança de 11 anos disse que não gostava dessa brincadeira. Segundo a polícia, o homem se irritou e trancou a menor de 12 anos em um quarto e a estuprou.
Os investigadores descobriram que o homem gravou as relações que tinha com as duas crianças. O estupro de vulnerável foi confirmado após o exame de DNA nas roupas de ambas, que continham manchas.
Durante a investigação, os agentes da DPCA também apuraram que o criminoso tinha estuprado duas cunhadas de 11 e 15 anos. Em 2015, a mãe da prima de uma das vítimas, uma adolescente de 14 anos, chegou a registrar uma ocorrência contra ele. O homem teria oferecido dinheiro para que a menor seguisse mantendo relações sexuais com ele.
Homem usava estúdio de tatuagem para cometer crimes
Também foi preso pelo DPCA o homem que estuprava as duas entediadas, de 9 e 13 anos, que aconteciam no bairro Olaria.
As duas vítimas cortavam partes do corpo após o estupro. Comportamento que chamou a atenção da mãe que denunciou o caso. Sabendo que as filhas estavam sendo estupradas, a ex-companheiro se mudou para Santiago. O homem seguiu a mulher, com o intuito de amedrontar as vítimas.
Conforme o delegado Pablo Queiroz Rocha, titular da DPCA, a prisão do criminoso foi necessária para que as vítimas pudessem retornar a vida normal.
Os investigadores do DPCA também descobriram que uma amiga das duas irmãs também tinha sido estuprada pelo criminoso. De acordo com a polícia, o homem, que era tatuador, usava o estúdio de tatuagem para cometer os estupros.
Após os abusos, a menor, que hoje está com 13 anos, tentou se suicidar diversas vezes e chegou a ser internada. Quando teve alta, se abrigou em uma casa de acolhimento para tratar depressão. A menor era constantemente ameaçada pelo criminoso, que, segundo a polícia, fazia sinal de “miragem” para dizer que sempre estava de olho nela.
Atenção e cuidados redobrados com as vítimas
De acordo com Rocha, as tentativas de suicido das vítimas de casos de abuso sexual são comuns assim como as automutilações, sinais que são importantes para os pais desconfiarem de algo. As duas enteadas, segundo a investigação, vinham se cortando.
O delegado Mario Souza, diretor da 2ªDelegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), afirmou que a “repressão qualificada aos delitos sexuais, com a prisão do investigado, possibilita a volta de uma segurança na vida dessas vítimas. As denúncias desses crimes são prioridade.”