Três assuntos de 2022 invadiram e seguem na pauta política canoense com maior ou menor brilho neste início de 2023. Acompanhe o vídeo e os comentários do blog:
1. Volta Jairo ou não volta Jairo?
Com a palavra, o Superior Tribunal de Justiça. É no STJ que, a partir de 7 de fevereiro, o habeas corpus do prefeito Jairo Jorge será decidido – e, com ele, o futuro político de JJ. Expectativa da defesa do prefeito é, por óbvio, que o argumento de que ele não pode mais interferir no processo e já está há tempo de mais afastado sem condenação garanta seu retorno ao paço. Em março, de qualquer forma, termina o afastamento renovado em setembro – e uma nova janela de oportunidade para o retorno se abre.
Por outro lado, o Ministério Público já antecipou que pretende entregar mais duas denúncias contra Jairo Jorge ainda em consequência das investigações da Copa Livre. É de se imaginar que cheguem ao judiciário gaúcho entre os meses de fevereiro e março – ensejando um novo pedido de afastamento.
O que vai acontecer? Só esperando para ver.
2. O Bloco dos 7
A novidade da política no finalzinho de 2022 foi a criação do Bloco dos 7 com o MDB de Airton Souza, Link e Cezar Mossini; o PP de José Carlos Patrício e Aloísio Bamberg; o PDT de Alexandre Gonçalves; e o Novo de Jonas Dalagna. A Câmara de Canoas não está muito acostumada a lidar com monolitos políticos e sua peso decisivo contra ou a favor de qualquer medida em debate.
O temor de alguns é que o Bloco do 7 consolide uma área de influência e maioria na Câmara, o que soa como ameaça para tantos outros. Essa perspectiva tente a criar ruídos se o papel protagonista do Bloco dos 7 não ficar bem claro para todos: é um grupo para defender os próprios interesses ou para propor a pauta política?
Com a resposta, 2023.
3. Um presidente com causa
Não é a primeira vez que a Câmara de Canoas elege um presidente com posições políticas definidas, mas é, provavelmente, a primeira vez que elege um defensor da causa animal para o cargo mais importante do parlamento. Fico curioso sobre como Cris Moraes usará o espaço para ampliar a reverberação da causa que lhe deu a segunda maior votação do município em 2020 e também sobre como se comportará em um eventual segundo pedido de impeachment, uma vez que segue na base de Nedy – teve até o aval dele para garantir a presidência – e, ao mesmo tempo, é visto como um dos aliados com que Jairo Jorge pode contar em plenário.
Na política e na causa, o mandato de Cris na presidência é algo para prestarmos a atenção.