O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reafirmou nesta quarta-feira (2) que o retorno do horário de verão é uma “possibilidade real”, mas ainda não foi decidido. Segundo o ministro, a medida será adotada apenas se a situação da estiagem no Brasil não melhorar, e o horário de verão entraria em vigor já em novembro.
Além disso, Silveira, durante uma coletiva de imprensa, explicou que está em constante diálogo com o setor energético e as companhias aéreas. Assim, ele deixou claro que a decisão será baseada no agravamento do cenário hídrico. “Se o quadro atual não melhorar nos próximos dias, a possibilidade do horário de verão se tornará uma realidade iminente”, afirmou o ministro, destacando a seriedade da situação.
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Veja quando Horário de Verão deve retornar: cenário hídrico preocupa governo
Dessa forma, a situação hídrica do Brasil se encontra em um estado crítico, o que gera preocupação com a segurança energética do país. Silveira destacou que, embora a segurança tarifária seja importante, a segurança energética tem prioridade no momento.
Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) reforçam o alerta. Dessa forma, é apontado que o volume hídrico atual é o menor desde 1950, quando o monitoramento começou. Esse impacto afeta principalmente a geração de energia e eleva os debates sobre como economizar recursos.
Horário de verão pode ser solução para economizar energia
O governo federal começou a discutir o retorno no início de setembro, buscando alternativas para enfrentar a estiagem e a consequente crise energética. O Operador Nacional do Sistema (ONS) já considerou que a volta do horário seria uma medida “prudente e viável”, especialmente com foco no planejamento energético dos próximos anos, como 2025 e 2026.
Apesar das recomendações do ONS, o ministro Silveira destacou que tomará qualquer decisão com cautela.
Polêmica sobre o horário de verão continua
A discussão sobre o retorno do horário de verão não é nova. A prática foi suspensa em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que justificou a decisão com base em estudos que apontaram uma economia de energia limitada e possíveis impactos negativos no relógio biológico da população. Desde então, o tema tem gerado debates, e muitos especialistas divergem sobre a real eficácia da medida.
Com a situação hídrica atual e a pressão por soluções para economizar energia, o governo segue avaliando cuidadosamente o retorno do horário de verão. O governo deve anunciar a decisão nas próximas semanas.