Canoas pode ter mais restrições nos próximos dias devido ao coronavírus

Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus da Prefeitura está avaliando se serão necessárias medidas mais restritivas para conter o avanço do contágio

O período mais crítico da pandemia já está sendo enfrentado pelos canoenses, pela avaliação do prefeito Luiz Carlos Busato. Na semana em que Canoas registrou a menor temperatura do ano, o sentimento é de preocupação e alerta devido ao contágio pelo coronavírus, que vem testando a capacidade hospitalar da região e cada vez mais infecta pessoas. No inverno, vale lembrar que aumentam os casos de pessoas com problemas respiratórios, favorecendo uma demanda maior do que o normal.

Preocupa também a falta de medicamentos para o tratamento de pacientes, especialmente os analgésicos, utilizados em pacientes entubados com doenças respiratórias. “É um momento delicado no Rio Grande do Sul ocasionado pelo aumento dos problemas respiratórios, temperaturas baixas, lotação das UTIs e o desabastecimento no mercado de medicamentos usados nas UTIs”, escreveu Busato.

Conforme a última classificação preliminar de distanciamento controlado do Governo do Estado, 73% da população gaúcha está sob às restrições da bandeira vermelha. A mesma será confirmada nesta segunda-feira (06), após a análise de 37 recursos de prefeituras e associações de municípios. “Mais do que nunca precisamos do apoio da população para que se puder fique em casa e, ao sair, adotem com zelo as medidas de segurança e higienização”, ressaltou o prefeito.

Com 751 casos confirmados e 27 óbitos, Canoas tem uma taxa de 87,8% de ocupação dos leitos de UTI adulto, ou seja, de 90 leitos, 79 estão ocupados. A cidade é referência em saúde para mais de 150 cidades gaúchas. Como a regulação dos leitos é feita pelo Estado, Canoas também recebe pacientes de outras localidades.

Mesmo com bandeira vermelha, que proíbe, por exemplo, o funcionamento do comércio não essencial, o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus da Prefeitura está avaliando se serão necessárias medidas mais restritivas para conter o avanço do contágio.

A administração municipal já tomou uma medida drástica, que foi suspender o atendimento de novos pacientes em seus leitos de UTI por falta dos medicamentos, o que tornou a situação mais crítica ainda.

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