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13 de dezembro de 2024

Caixa Econômica Federal muda regras de financiamento para novembro

As novas regras de financiamento da Caixa Econômica Federal vão impactar diretamente no valor das entradas na compra dos imóveis.

A Caixa Econômica Federal anunciou alterações nas regras de financiamento de imóveis, que entrarão em vigor em 1º de novembro. Essas modificações impactam os valores de entrada exigidos para a aquisição da casa própria.

Primeiramente, na tabela SAC (Sistema de Amortização Constante), que geralmente apresenta parcelas maiores no início e juros totais mais baixos, o valor mínimo de entrada subirá de 20% para 30%. Por outro lado, na tabela Price, que oferece parcelas fixas menores inicialmente. No entanto, os juros são mais altos ao final, a entrada mínima passará a ser de 50% do valor do imóvel. Anteriormente, era possível financiar com apenas 30% de entrada.

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Assim, se um cliente deseja financiar um apartamento de R$ 300 mil, ele agora precisará desembolsar R$ 90 mil, em vez de R$ 60 mil. Isso em um contrato no modelo SAC. Para a tabela Price, o novo valor de entrada exigido seria R$ 150 mil.

Além disso, a Caixa estabeleceu um teto de R$ 1,5 milhão para os imóveis financiados. Outro ponto importante é que os clientes não poderão ter mais de um contrato de financiamento habitacional ativo com o banco.

Onde se aplicam as regras da Caixa?

Essas alterações não se aplicam a unidades habitacionais de empreendimentos já financiados, onde as regras anteriores permanecem em vigor. Os contratos já firmados também não serão afetados.

A motivação para essas mudanças surge de uma demanda crescente por imóveis e do aumento de saques da poupança. Essa é a principal fonte de recursos da Caixa. Segundo o Banco Central, setembro registrou o maior volume de saques líquidos do ano, totalizando R$ 7,1 bilhões.

A Caixa prevê que o valor destinado a financiamentos habitacionais em 2024 ultrapassará as expectativas iniciais. Até setembro, o banco já havia liberado R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, representando um aumento de quase 30% em relação ao ano anterior, com 627 mil contratos celebrados.

Entretanto, a delegação do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Santa Catarina expressou preocupações quanto a essas mudanças. O presidente do Creci-SC, Fernando Willrich, destacou que o aumento na entrada mínima pode desacelerar as negociações, sugerindo que compradores que buscam entradas mais baixas podem optar por bancos privados, que financiam até 90% do imóvel.

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