O prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato se reuniu com os gestores de outras cidades da região para discutir ações em conjunto para frear os crescimento da doença, propor novas medidas de distanciamento social e encaminhar ao governo estadual pedido de reconsideração.
Nesse domingo, os prefeitos de Canoas, Esteio e de mais municípios da região, encaminharam um documento ao Governo do Estado para que a decisão de colocar a área em bandeira vermelha seja reconsiderada. Ao mesmo tempo em que as administrações municipais contestam informações sobre a capacidade do sistema de saúde e anunciam a abertura de novos leitos de UTI, por exemplo, as mesmas se demonstram dispostas a adotar novas medidas restritivas, como fechar o comércio no próximo final de semana, 27 e 28 de junho, visando reduzir a circulação de pessoas nesses dias.
As prefeituras abriram 16 novos leitos de UTI, sendo 10 no Hospital de Pronto Socorro (HPSC) e três no Hospital Universitário (HU), ambos em Canoas, e seis no Hospital São Camilo, em Esteio. Com isso, a quantidade de vagas livres nas UTIs da região passam de 15 para 34, mesmo número da última semana. Além disso, o Hospital Universitário (HU) de Canoas inaugurou 200 novos leitos na última semana.
Cachoeirinha na lista
O prefeito de Cachoeirinha, Miki Breier, protocolou neste domingo (21) um recurso diante da classificação da região em bandeira vermelha. Segundo o chefe do Executivo, o pedido de reconsideração é fundamentado pelo número de casos que necessitaram dos leitos de tratamento intensivo e pela estrutura do hospital de campanha da cidade. Atualmente, a unidade conta com três pacientes internados, nenhum com necessidade de UTI, de um total de 63 leitos.
Cachoeirinha está situada na região de Porto Alegre, composta, ao todo, por 25 municípios. Para atualizar a classificação de risco, o Estado considera a região. Segundo o governo gaúcho, o número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registrado nos últimos 7 dias apresentou um crescimento de 54% entre as duas semanas, passando de 89 para 137. Com isso, o indicador apresentou bandeira preta, sinalizando uma situação de elevada preocupação.
Uma possível alteração nas bandeiras será anunciada ainda hoje pelo governador Eduardo Leite.
Bandeira vermelha: quais são as principais restrições?
Sob bandeira vermelha, o comércio de rua só pode funcionar para vender itens essenciais (artigos de saúde, alimentos, higiene, entre outros), e desde que com limitação de 50% no número de funcionários. Os demais tipos de estabelecimento devem permanecer fechados.
Nos shoppings, também só fica liberado o acesso a serviços como supermercados, farmácias e lavanderias, com 25% dos empregados. Restaurantes não podem receber clientes, apenas funcionar por telentrega, drive-thru ou retirada.